Pensar "dentro da caixa" também pode ser criativo

Pensar "dentro da caixa" também pode ser criativo

Qual o valor do brainstorming se as ideias não forem fertilizadas e gerarem frutos?

Um termo já popularizado e muito explorado no ambiente corporativo é o famoso jargão “fora da caixa” para representar um pensamento que busca por alternativas inusitadas ou perspectivas não exploradas. Associamos, geralmente, essa expressão com soluções mirabolantes e totalmente inventivas, mas talvez não devamos nos ater apenas a essa perspectiva.

Quando falamos em criatividade devemos ir além do aspecto inovador, sendo que é possível enxergar também “dentro da caixa”.

Entendo a criatividade como a capacidade de resolver problemas. À primeira vista pode parecer simplório, mas é disso que se trata essa competência tão importante. Do que vale a imaginação se ela não for direcionada para um resultado tangível?

Qual o valor do brainstorming se as ideias não forem fertilizadas e gerarem frutos?

Um profissional que consiga atuar de modo simples, prático e viável para chegar aos resultados almejados certamente terá extremo valor para as organizações. Utilizar soluções já conhecidas diante de novos desafios pode ser tão interessante quanto arriscar novas propostas para resolver antigos problemas. Uma pessoa pragmática e objetiva tem tanta importância na equipe quanto aqueles tidos como criativos.

Pensar “dentro da caixa” é ter ciência de nossa bagagem interna, uma busca de conhecimentos arquivados e disponíveis. É vital também procurarmos em nossa “caixa de ferramentas” os instrumentos que possam nos favorecer no atingimento dos objetivos estabelecidos. Será que dentro de sua caixa existem conteúdos já acessíveis e passíveis de serem aproveitados ou trabalhados?

Trouxe à tona este tema com o puro propósito de reflexão e de apontar para aquilo que está à nossa disposição e por vezes ignoramos. É ótimo pensar “fora da caixa”, mas devemos olhar para dentro dela antes de empreender tal jornada. Em vez de disparar frases e clichês a esmo, talvez possamos refletir melhor sobre nosso discurso automatizado e precipitado. Tentei pensar “fora da caixa” sobre esse tema aparentemente óbvio.