Brasil não está imune à alta do dólar

Brasil não está imune à alta do dólar

Para Eduardo Guardia, ministro da Fazenda, alta do dólar no Brasil é um movimento internacional de fortalecimento da moeda americana; nesta terça (15/05), pelo terceiro pregão consecutivo, fechou em alta, cotado a R$ 3,661

A alta do dólar no Brasil é um movimento internacional de fortalecimento da moeda americana. A afirmação foi feita pelo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, nesta terça-feira (15/05), em Brasília.

O ministro conversou com a imprensa após participar de reunião com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro, para discutir como o tribunal pode ampliar a capacidade de auditar os parcelamentos de dívidas tributárias e benefícios fiscais.

“No curto prazo, é um movimento internacional de fortalecimento do dólar e o Brasil não está imune a isso”, diz.

Na última segunda-feira (14/05), o dólar comercial fechou o dia cotado R$ 3,62, uma alta de 0,73%. Esse foi o maior valor desde abril de 2016, quando a moeda chegou a valer R$ 3,69. E nesta terça, pelo terceiro pregão consecutivo, fechou novamente em alta, cotado a R$ 3,661.

A alta do dólar ocorre mesmo com ajustes na atuação do Banco Central no mercado de câmbio. Na última sexta-feira (11), após o fechamento do mercado, o banco anunciou ajustes nos leilões de contratos de sawps cambiais, equivalentes à venda de dólares mercado futuro. O BC passou a fazer leilões com vencimento em junho e antecipou operações adicionais.

“Vejo como uma tendência internacional de fortalecimento do dólar. Se nós olharmos para os países emergentes ou para as principais moedas, elas estão se desvalorizando vis-à-vis o dólar”.

De acordo com o ministro, o governo deve manter a estratégia de ajuste fiscal para fazer frente a alta do dólar.

“A melhor resposta do governo é persistir trabalhando no processo de consolidação fiscal, aumentar a produtividade, reduzir custos para tornar a economia brasileira mais eficiente. Temos um cenário de contas externas muito favorável, temos reservas internacionais, temos um pequeno déficit em transações correntes, que é amplamente financiável pelos investimentos diretos estrangeiros, a inflação está baixa, um processo de redução da taxa de juros”, diz.

A alta do dólar ocorre mesmo com ajustes na atuação do Banco Central no mercado de câmbio. Na última sexta-feira (11/05), após o fechamento do mercado, o banco anunciou ajustes nos leilões de contratos de sawps cambiais, equivalentes à venda de dólares mercado futuro. O BC passou a fazer leilões com vencimento em junho e antecipou operações adicionais.

Com os ajustes, o BC iniciou a oferta diária de rolagem integral de 4,2 mil contratos, com vencimento em junho. Além disso, passou a fazer a oferta adicional de 5 mil novos contratos ao longo do mês e não apenas ao final como estava previsto.